Dia 3 – Pelas águas do Tocantins e o asfalto da Belém-Brasília: rumo a Araguaína!

O terceiro dia da Rota COP30 começou em ritmo acelerado. A caravana deixa Palmas e segue pela BR-010 em direção a Araguaína, ainda no Tocantins. Pelo caminho, o Rio Tocantins acompanha a estrada, imponente, sinuoso e cheio de histórias. É dele que o estado herdou o nome e a identidade: “Tocantins” vem do tupi e significa “bico de tucano”, símbolo de vida e abundância no Cerrado.

O rio que nasce perto de Brasília e deságua no Marajó
O Rio Tocantins nasce nas proximidades do Distrito Federal, a mais de mil metros de altitude, e percorre cerca de 2.400 km até encontrar o Golfão Marajoara, no Pará. Ao longo desse trajeto, ele corta o país de sul a norte, une biomas e abastece comunidades. Durante o período das cheias, o rio chega a ter 1.150 km navegáveis, sendo o segundo maior rio totalmente brasileiro, atrás apenas do São Francisco.

BR-010: o caminho do desenvolvimento no coração do Brasil
A BR-010 é uma das principais rodovias que compõem o eixo histórico da Belém-Brasília, ligando o Centro-Oeste ao Norte do país. Com cerca de 1.950 km de extensão, ela atravessa o Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, conectando cidades, fomentando negócios e abrindo caminho para o progresso.

Construída no final da década de 1950, a Belém-Brasília foi uma das obras mais desafiadoras da engenharia nacional, abrindo passagem por trechos de floresta densa e por mais de 5 mil cursos d’água. A estrada simboliza o avanço da integração nacional, ligando regiões até então isoladas e dando origem a comunidades inteiras ao longo do seu traçado.

Nos últimos anos, a BR-010 vem passando por modernizações e intervenções importantes, especialmente no Tocantins. Desde 2023, o Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes e do DNIT, intensificou as obras de recuperação do pavimento, implantação de terceiras faixas e melhorias na sinalização e drenagem.

Essas ações reforçam o papel da rodovia como vetor de desenvolvimento sustentável, fundamental para o escoamento da produção agrícola do MATOPIBA e para o fortalecimento da integração entre o Cerrado e a Amazônia.

Entre o Cerrado e a Amazônia, 1.000 km de jornada
O trecho que liga Palmas a Araguaína é uma transição viva entre o Cerrado e a Amazônia, um dos ecossistemas mais ricos do planeta. Árvores mais altas começam a aparecer, o ar fica mais úmido e a paisagem revela a diversidade natural do Brasil profundo. Ao cruzar esse cenário, a caravana da Rota COP30 alcança a marca de 1.000 km percorridos, reafirmando o propósito de mostrar como o transporte brasileiro está conectado à sustentabilidade e à integração nacional.

Xambioá: a ponte que une histórias e abre caminhos para o futuro

A caravana da Rota COP30 chegou a Xambioá (TO) , às margens do Rio Araguaia, onde o Ministério dos Transportes acompanhou de perto uma das obras mais aguardadas da região Norte: a ponte que ligará o Tocantins ao Pará.

Um marco para o Norte e para o Brasil
A nova ponte sobre o Araguaia é muito mais do que uma obra de engenharia, é um símbolo de integração nacional.

Ela vai eliminar a necessidade de travessia por balsa entre Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), fortalecendo o corredor logístico da BR-153, que liga o Centro-Oeste ao Norte do país.
Com isso, o transporte da produção agropecuária e industrial da região será mais rápido, seguro e sustentável, conectando o Tocantins e o Pará de forma definitiva. A previsão é que o tráfego seja liberado até dezembro.

Xambioá: a cidade do “pássaro veloz”
O nome Xambioá vem de um termo indígena que significa “pássaro veloz”, e não poderia haver metáfora melhor para o momento que a cidade vive, ganhando impulso e novas perspectivas com a chegada dessa obra histórica.

Localizada na margem direita do Rio Araguaia, a cidade tem um papel fundamental na economia e na história do Tocantins. Foi cenário da Guerrilha do Araguaia, um dos episódios mais marcantes da história recente do país, e hoje se reinventa como ponto estratégico de integração e desenvolvimento entre os dois estado.

Ao cruzar o Rio Araguaia a pé em um encontro simbólico entre Tocantins e Pará, a caravana se aproxima da reta final da jornada rumo a Belém.

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