Dia 2 – Rota COP30 – Cruzando fronteiras, conectando o Brasil

Da alvorada em Porangatu ao sol do Tocantins

O segundo dia da Rota COP30 começou cedo. Ainda pela manhã, a caravana do Ministério dos Transportes pegou a BR-153/TO, com destino a Gurupi (TO). O trecho, que corta o norte de Goiás e marca a entrada no Tocantins, é mais do que uma estrada, é parte da espinha dorsal que conecta o Brasil de ponta a ponta.

Poucos quilômetros após deixar Porangatu, a comitiva cruzou Talismã, o último município goiano antes da divisa com o Tocantins. Um nome simbólico para uma travessia igualmente simbólica: a passagem de um marco geográfico para outro, mas também o retrato de um país que está avançando com obras, investimentos e integração.

A estrada em boas condições e em constante evolução

Ao longo da BR-153, a caravana pôde notar o bom estado de conservação do trecho. E isso não é coincidência. O Índice de Condição da Manutenção (ICM) das rodovias tocantinenses, que mede a qualidade da pavimentação e das obras de manutenção, saltou de 76% em dezembro de 2022 para 82% em setembro de 2025.

Essa melhora reflete os investimentos em infraestrutura e o sucesso da parceria público-privada entre o Ministério dos Transportes e a Ecovias Araguaia, concessionária responsável pela via.

A BR-153 é mais do que um corredor logístico: é parte da Transbrasiliana, uma rodovia de 3,8 mil quilômetros que liga o Pará ao Rio Grande do Sul, cortando oito estados brasileiros e integrando regiões agrícolas, industriais e turísticas: do Jalapão a Caldas Novas, do Araguaia à Serra Gaúcha.

Aperta o play e ouça agora o que o ministro Renan Filho falou sobre a BR-153!


Gurupi: Do outro lado do asfalto

Depois de cruzar a divisa entre Goiás e Tocantins, a caravana da Rota COP30 segue pela BR-153/TO e faz parada em Gurupi.

Foi aqui, nas margens da Belém-Brasília, que os traçados abertos por Bernardo Sayão deram origem a uma das principais cidades do sul do Tocantins. O desbravamento da região começou ainda na década de 1950, quando Benjamim Rodrigues, pioneiro local, abriu a picada da rodovia projetada por Sayão e ergueu o primeiro comércio da futura Gurupi.

A partir desse marco, a cidade cresceu em torno da BR-153, transformando o asfalto em linha de vida e desenvolvimento. Por isso, os moradores costumam se referir às áreas separadas pela rodovia como “do outro lado do asfalto”, uma expressão que carrega o simbolismo de uma cidade nascida e dividida por uma estrada, mas unida pelo progresso que ela trouxe.

Hoje, mais de 70 anos depois, a caravana da Rota COP30 percorre o mesmo caminho histórico, mostrando como a Belém-Brasília continua sendo um vetor de integração nacional.

Com a combinação de ferrovia, rodovia e investimentos privados, Gurupi se consolida como um hub logístico regional, apto a receber cargas do leste de Mato Grosso, oeste da Bahia e norte de Goiás.

Essa integração modal impulsiona o desenvolvimento e posiciona o Tocantins como um dos protagonistas da nova logística verde brasileira, onde sustentabilidade e crescimento caminham juntos, de um lado e do outro do asfalto.

Rota COP30: integrada também com a tecnologia
E quem tá com a gente nessa jornada é a MIA, a inteligência artificial do Ministério dos Transportes. Feita de dados, movida por propósito e pronta para mostrar como o país avança, conecta e transforma o futuro da mobilidade.

Terminal Rodoferroviário Fazendão: um novo hub logístico sustentável
Outro ponto alto da parada em Gurupi foi a visita ao Terminal Rodoferroviário Fazendão, símbolo da nova logística verde que o Brasil está construindo. Integrado à Malha Central da Ferrovia Norte-Sul, o terminal conecta o polo produtor de Gurupi diretamente ao Porto de Santos (SP), criando um corredor mais ágil, seguro e de baixo carbono.

A região colheu na safra 2024/25 9,17 milhões de toneladas de grãos, um salto de 28% em relação à anterior. E o terminal está preparado para dar vazão a esse crescimento de forma mais eficiente e sustentável.

Estradas que levam ao futuro
Cada quilômetro percorrido pela caravana da Rota COP30 mostra o quanto a infraestrutura é parte essencial da transição para um Brasil mais sustentável.

Entre curvas, marcos e fronteiras, o país avança em direção a Belém, levando junto conexão, eficiência e compromisso com o meio ambiente.

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